9 de maio de 2009

Pão na chapa, Verônica e o Manoel

Outro dia, por conta de um súbito desejo de comer pão na chapa com queijo Minas, me encontrei, por acaso, com a Verônica, figura linda e doce e, se não bastasse, uma das melhores e mais expressivas cantoras da nova geração. Nos banquinhos da padaria aqui perto de casa, o papo de uma hora fluiu gostoso, dando a impressão de ter durado curtíssimos minutos... E a gente conversou sobre várias coisas, inclusive, sobre a poesia inventiva, lúdica e absolutamente emocionante de Manoel de Barros. Falei para ela que seria lindo se existisse um projeto para apresentar, falar e cantar os poemas dele. E já que seria para juntar uma lindeza à outra, sugeri que a voz fosse emprestada por ela. Vim para casa, com um sorriso nos lábios, e para selar o momento tão inesperado quanto inspirador, eu li isso aqui:


“Descobri aos 13 anos que o que me dava prazer nas
leituras não era a beleza das frases, mas a doença delas.
Comuniquei ao Padre Ezequiel, um meu Preceptor, esse gosto esquisito.
Eu pensava que fosse um sujeito escaleno.
- Gostar de fazer defeitos na frase é muito saudável, o Padre me disse.
Ele fez um limpamento em meus receios.
O Padre falou ainda: Manoel, isso não é doença,pode muito que você carregue para o resto da vida um certo gosto por nadas...
E se riu.Você não é de bugre? - ele continuou.
Que sim, eu respondi.
Veja que bugre só pega por desvios, não anda em estradas -
Pois é nos desvios que encontra as melhores surpresas e os ariticuns maduros.
Há que apenas saber errar bem o seu idioma.
Esse Padre Ezequiel foi o meu primeiro professor de
gramática”.


[Mundo Pequeno, do livro O Livro das Ignorãças]

Para seguir...

Estive em Maceió há três semanas para uma reportagem,que será publicada na próxima edição bimestral (maio/junho) da Revista da Odebrecht. Seguir para o Nordeste e ter conhecido gente de fibra e sonhos inabaláveis trouxeram as informações abaixo. A foto, uma deliciosa personagem da matéria, é da Patrícia Carmo, fotógrafa baiana tão comovente quanto à foto que ela tirou.
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NO CAMINHO CERTO
Braskem e Instituto Lagoa Viva constroem ações na área da educação ambiental e dão cara nova a comunidade do Pontal da Barra em Maceió



De repente, a criançada começa a rir às gargalhadas. Um feito de Rosilda Gouveia, que, com desenvoltura, lança mão de uma divertida brincadeira para apresentar uma peça de montar - uma espécie de lego em tamanho gigante. A cena aconteceu numa manhã de quinta-feira na Creche Escola Mestre Izaldino, do Pontal da Barra, bairro com 4 mil habitantes, famoso pelo artesanato local, situado entre o mar e a Lagoa Mundaú, no extremo leste de Maceió. Em um lugar onde as dificuldades estão bastante próximas, há sempre alguém as driblando, contando uma história, fazendo uma brincadeira – pequenas grandes cenas como a que abre esta reportagem.

A peça, embora realmente se pareça com um lego e siga um conceito semelhante, baseado em partes que se encaixam permitindo algumas combinações, é na verdade uma placa de PVC Concreto, matéria-prima produzida pela Braskem. E Rosilda Gouveia, Diretora da Creche Escola Mestre Izaldino, é uma alagoana guerreira que deixa um pouco de lado a habitual modéstia para falar com orgulho de “seus” meninos. No início de maio, a Creche Escola terá uma nova sede, resultado de uma parceria entre Braskem e Secretaria de Educação de Maceió. O PVC Concreto é um dos protagonistas desta história, ao lado dos pilares da sustentabilidade (desenvolvimento econômico e social, preservação ambiental, participação política e diversidade cultural).

Quando a creche começou a ser concebida, há dois meses, a comunidade de Pontal, vizinha à Unidade Cloro-Soda da Braskem, não sabia muito bem o que significava esse novo sistema construtivo. A obra, se seguisse os preceitos tradicionais da construção civil, duraria de seis a nove meses. Com o novo método, atesta o engenheiro Luiz Carlos Albuquerque, da construtora Borges & Santos, responsável pela execução da obra, pouco mais de dois meses serão gastos. A nova Escola Creche, inovadora sob todos os pontos de vista, é a primeira em PVC Concreto do país. Muito mais bonita, planejada e espaçosa, ela terá condições de aumentar o atendimento de 150 para 250 crianças de até 5 anos.

Além da maior velocidade e do fato de ser totalmente reciclável, o método, desenvolvido pela empresa canadense Royal, e que une três materiais básicos: o PVC, o concreto e o aço, proporciona maior durabilidade, com uma vida útil de 25 anos, necessidade mínima de manutenção e redução significativa de perdas ou desperdícios de materiais. Do PVC obtêm-se as placas, que são preenchidas com o concreto e as barras de aço. Por isso, a solidez, notada logo de cara. Aliás, quando se chega à obra, fica evidente que se está diante de uma nova maneira de construir, a começar pelo barulho e pelos resíduos finais, que quase não existem. “A área do Pontal da Barra é aberta, em frente ao mar, com maresia intensa e poder de corrosão muito forte. Aqui é preciso fazer intervenções constantes. Se construíssemos essa escola no método tradicional, com certeza ela apresentaria, em pouco tempo, algumas patologias, como umidade, fungos e mofo, um risco para as crianças”, informa Jorge Bastos, assessor da Diretoria Industrial da Unidade de Vinílicos da Braskem.

A realização do sonho da nova Escola Creche Mestre Izaldino está sendo possível por força das ações do Instituto Lagoa Viva, programa de educação ambiental para formação de professores, criado em 2001 pela Braskem e patrocinado pela empresa. O bairro, que padecia da falta de oportunidades econômicas fora do horizonte do artesanato e da pesca desordenada, presencia uma cena que vai além da construção da primeira escola PVC Concreto do Brasil. “Esse novo sistema de construção confirma o processo evolutivo pelo qual a comunidade está passando. Quando as pessoas são formadas e conscientizadas dentro do conceito da educação ambiental, elas consequentemente vão querer viver em um lugar melhor, com seus sonhos e anseios supridos”, reforça Lenice de Moraes, Presidente do Instituto Lagoa Viva.

Lenice também é coordenadora pedagógica de um dos programas do Instituto, o de Formação Continuada, ministrado à comunidade e aos professores da Creche Escola Mestre Izaldino. O outro curso é o de Especialização e Gestão em Educação Ambiental para professores da rede pública, fruto de um convênio entre a Braskem e a Fundação de Pesquisa (Fundepes), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), pós-graduação reconhecida pelo MEC.

A palavra perspectiva saiu dos relatórios para se juntar a uma outra, talvez, um pouco mais temida: futuro. Juntas e alicerçadas no tripé educação, tecnologia e qualidade de vida, elas têm permitido o ingresso de uma nova geração de moradores no Pontal da Barra. Cíntia Oliveira, 24 anos, é um exemplo. A jovem, graduada em Pedagogia, além de ter sido professora da Creche Escola Mestre Izaldino e atualmente lecionar na Escola de Ensino Fundamental Silvestre Péricles, no Pontal, é uma das 49 pessoas que se formaram na primeira turma do curso de Gestão em Educação Ambiental.

“O Pontal está se tornando uma referência. Em grande parte por causa do Instituto Lagoa Viva. A estrutura pedagógica da creche, alinhada a projetos relevantes que dizem respeito a temas sociais, econômicos e ambientais, é eficiente, sobretudo porque extrapola os muros da escola para as casas dos alunos”, descreve Cíntia. Ela acrescenta: “Por meio da especialização, pude me embasar melhor, refletir e ampliar os horizontes. O que acho mais interessante é poder levar a complexidade dos assuntos ambientais para a sala de aula sem banalizá-la.” A próxima turma se forma no meio do ano e a terceira, em 2010.

O Programa Lagoa Viva ampliou sua atuação a todo o Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba, que forma o mais importante bioma de Alagoas, reunindo 26 municípios. Além dos dois cursos de educação ambiental, há várias oficinas profissionalizantes, que abrangem hidroponia, inglês, artesanato tradicional, arte com plástico, corte e costura, panificação, monitoria ambiental, teatro, música, dança e o Programa Pescadores de Mel, atividade econômica que atende hoje 100 famílias de vários municípios (que tiram seu sustento da comercialização do mel, da cera e da exclusiva própolis vermelha produzida na região). A nova Creche Escola Mestre Izaldino se agrega a esse movimento destinado a gerar, com intervalos cada vez menores, pequenas grandes cenas como a que abriu esta reportagem.

14 de junho de 2008

BAQUE VIRADO propõe novo movimento cultural em Belo Horizonte



Estréia em Belo Horizonte nesse mês de junho o Movimento Baque Virado, idéia que nasceu do desejo de reunir boa música e pessoas antenadas com o que rola de mais original e inusitado no cenário cultural. O ‘Baque Virado’, nome que vem da cultura do Maracatu e significa duplicar o toque da orquestra de percussão, dobrando o som, presta na sua 1ª edição, uma homenagem à cultura pernambucana. Otto, ex-percussionista da primeira formação da Nação Zumbi e do Mundo Livre S/A, os Djs, Chicão e Zubreu, e os Vjs, Daniel e Pedro, compõem esse movimento que anuncia ultrapassar as batidas comuns. Dia 27 de junho, sexta-feira, às 22 horas, no Soul Uai (Jardim Canadá, atrás do Mix Garden).

Produzido pela ‘Patuá’, produtora de eventos musicais que tem como objetivo promover o intercâmbio da cultura brasileira, o 1º Movimento Baque Virado surge como nova opção de diversão na capital mineira. Além de fazer circular diferentes manifestações artísticas, o ‘Movimento’ pretende mostrar que há um mundo musical surpreendentemente rico a ser explorado. A experimentação e fusão de elementos regionais, globais e contemporâneos vêm de encontro com a proposta do ‘Baque’. Segundo Salmer Martins, produtor e um dos criadores da Patuá, uma das intenções é, de fato, preencher as lacunas do mercado cultural belo-horizontino. Para ele é apenas o começo, já que a proposta da produtora é realizar mais três edições do ‘Baque Virado’ em 2008. “Um passo a frente e você já não está mais no mesmo lugar”, arremata Salmer, citando o mestre do ‘mangue beat’, Chico Science.

Otto, nascido no sertão pernambucano, e hoje, artista do mundo, foi o escolhido para representar o “1º Movimento Baque Virado” em Belo Horizonte. O músico, que viveu e tocou na França, passou pelo Rio de Janeiro e São Paulo, rumou para o Recife – quando conheceu Chico Science e Fred Zero Quatro –, criou seu estilo, a partir de diversas correntes, histórias, percepções e influências. Autor de um trabalho inventivo e estimulante, numa colagem de maracatu com ‘drum'n'bass’, forró com rap, raiz com modernidade, o pernambucano e seus parceiros de banda apresentam em BH um show criativo, com um repertório que passeia pela trilogia “Samba Pra Burro”, “Condom Black”, “Sem Gravidade”, e vários outros trabalhos.

A pista, antes e depois do show de Otto, fica por conta dos Djs, Chicão e Zubreu, que vão tocar o melhor da MPP (Música Popular Pernambucana); samba-rock, emboladas, maracatus, eletrônica e dub, todos bem temperados. Também em cena os Vjs, Daniel e Pedro, cujas imagens inéditas darão à noite o tom de surpresa. Os quatro, acostumadíssimos com a tríade ‘música, diversão e arte’, prometem dar o que falar e o que dançar.

Como a idéia é essencialmente se divertir, está sendo criada uma estrutura, na qual a segurança e o conforto têm lugar de destaque. Sinalização nas proximidades do local, monitoração dos veículos, segurança reforçada, parceria com o ‘Focaccia Bar e Restaurante’, um dos mais tradicionais de Belo Horizonte, iluminação e som de qualidade e decoração temática são alguns dos itens que fazem parte do “Movimento Baque Virado”. Para Carol Falci, uma das produtoras da Patuá, um público exigente espera que em bons eventos haja a combinação de diversão, conforto, segurança e alegria. “Estamos trabalhando para que o ‘Movimento’ seja impecável e chegue para ficar”, conclui.


1º Movimento Baque Virado - [Otto + Djs + Vjs]
Dia: 27 de junho, sexta-feira, às 22 horas
Local: Soul Uai (Jardim Canadá, atrás do Mix Garden)
Ingressos: R$30,00* (antecipado) e R$40,00* (no local)
*1/2 entrada estendida a todas as categorias
Ponto de Venda: Black Boots
(Rua Fernandes Tourinho, 182, Savassi / BH – Tel.: (31) 3281-8845)
Mais informações: (31) 8711-3008


[Imagem: Carol Falci]

Toninho Horta & Orquestra Fantasma



Reacende uma das mais ensolaradas parcerias na Música Popular Brasileira. Na próxima terça-feira, dia 17 de junho, às 21 horas, Toninho Horta, um dos mais importantes guitarristas de todos os tempos, e a lendária Orquestra Fantasma sobem ao palco do Teatro Sesiminas (Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia – Belo Horizonte), para mais um espetáculo de ritmo, fraseados, melodias e harmonias. Acompanhado pelos músicos da formação original da Orquestra Fantasma, Lena Horta (flautas), André Dequech (teclados), Yuri Popoff (baixo) e Esdra “Neném” Ferreira (bateria), Toninho volta a sobrevoar o mundo com sua música misteriosa, rica, etérea, mineira – portanto, universal – e infinitamente criativa.

No repertório, cerca de vinte músicas, dentre elas, as inéditas “Dobrado”, “Ilha terceira” e “Canção da Juventude”, “Vôo dos urubus” e “Céu de Brasília”, co-assinada por Fernando Brant, ambas gravadas no disco “Terra dos Pássaros”, os clássicos instrumentais “Foot on the road” e “Minas Train / Trenzinho do caipira”, as canções “Waiting for Angela”, “Pilar”, “Liana” e “Manuel o audaz / Prás crianças”, regravadas em vários estilos e por grandes músicos Brasil (e mundo) afora, e o ‘rap’ interessantíssimo “Tecno Burger”. Também participam do show o guitarrista, filho de Toninho, Manuel Horta, o violinista austríaco Rudi Berger, as cantoras Carla Villar, que acaba de lançar um CD só com canções de Toninho Horta, e Bianca Luar, além do ‘rapper’ Renegado.

A ‘Orquestra Fantasma’ nasceu em Los Angeles (EUA). Quando o compositor, cantor e instrumentista, Toninho Horta, estava gravando seu meu primeiro disco em 1976, o “Terra dos Pássaros”, um dos seus grandes sonhos era colocar uma orquestra de verdade, com cordas, madeiras, metais e tudo o que se tem direito. No entanto, naquele, que era um dos primeiros álbuns independentes do Brasil, lançado em março de 1980, a realidade impunha, por conta da falta de recursos, uma orquestra fantasma. Na ocasião, o tecladista Hugo Fattoruso e Toninho começaram a imitar trompas, violinos e cellos, com o teclado mini-moog e a guitarra com pedal de wa.

Em 1981, após dois discos lançados pela EMI (antiga Odeon), Toninho conta que reuniu, em Belo Horizonte, os melhores músicos de sua geração. Formava-se, com Lena, André, Yuri e Esdra, a banda que já o acompanha há 25 anos. “Minha liderança sobre a Orquestra Fantasma é apenas figurativa, pois os outros maestros da banda tocam seus instrumentos de forma inusitada, pessoal e divina.” Assim, em tom de legítima generosidade e companheirismo, Toninho e seus amigos fazem bonito por cada lugar do mundo que passam. Em Belo Horizonte, quem sabe, ainda mais.


SERVIÇO:
Toninho Horta & Orquestra Fantasma
17 de junho de 2008, terça-feira – 21h00
Local: Teatro Sesiminas
Endereço: Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia
Preço: 30 reais (inteira) e 15 reais (meia-entrada)
Censura Livre


[Foto: Manuel Horta]

3 de maio de 2008

Saudades de Fernando Sabino



Olhando o mundo longamente
este sabia que a vida lhe saudava com inspirações
largas e demoradas.
Por isso cortejava as almas que passavam
com e sem finalidade.

Liberto desde sempre
Levantava-se pois jamais nada era traição
nem agitação feroz nem insignificância.

A palavra lhe teve
como se no íntimo soubesse que ali era lugar de alívio
e que pelas mãos do escritor nasceriam coisas incríveis.

Velho Sabino,
sua história está apenas alvorecendo.

Sábios, comuns e mentecaptos
Confiantes na vida
Absortos na vida
com corações em prantos
te saúdam e choram.



[Escrito em 10 de outubro de 2004.]

1 de maio de 2008

Sonhos e reformas



Estou com certo receio de soar piegas, numa espécie de era-bom-ser-criança. Não apenas por falar de amor, mas por se tratar de algo ainda em suspense, ainda por acontecer, ainda em... Perdão! Quero dizer, estou com medo de soar cafona. Cafona? Que palavra mais antiga! Talvez mais estranha do que antiga. Acordei que sonhava e sonhava que tudo ficava muito melhor quando estamos na fase apaixonada e apaixonante de enviar girassóis, sonetos de Vinicius e coisas gastas, mas inéditas por um momento. Quero dizer, imagens já tão usadas pelo imaginário romântico, piegas e cafona, com um orgulho que só ele entende. Ele? Sim, o imaginário.

Mas a verdade é que sempre que dou festas para alguém dentro de mim, sinto-me liberta e emancipada de sentimentos caóticos. E aí penso: eu queria arrumar a casa antes de um novo amor chegar. Pintar algumas paredes. Mudar os quadros de lugar e comprar aquele lindo que fez aniversário num antiquário perto de casa. Forrar o sofá com uma capa azul escura. Trocar de lugar a cadeira antiga que fora dada pela bisavó portuguesa, pouco antes de morrer. Comprar móveis novos para cantos tristes e vazios. Lírios ou gérberas? Talvez orquídeas brancas. Ah, é verdade! Preciso comprar taças. Sim, elas são importantes nessas ocasiões em que a alma resolve festejar. Que elas sejam de um fino cristal ou um vidro igualmente fino que o imite, se possível. Novas opções de entrada, prato principal e sobremesa são importantes. Vinho! Claro, um bom vinho é imprescindível. Um gole após aquele silêncio estridente não seria um exagero? Ou seria apenas insegurança? Guarde um pouco para o estalar daquele segredo que obviamente nunca foi segredo.

- E você nem desconfiava?
- Não.
- Não?
- Não!
- Ah...




A campainha tocou (...)

21 de abril de 2008

‘Comida di Buteco’



Inevitável, belo-horizontina da gema que sou, não passar ilesa pela 9ª temporada comida di buteco, iniciada no último dia 11 na capital mineira. Apreciadora voraz de cachaças e tira-gostos incendiários, escolher o boteco da vez, em meio a uma lista de 41, e correr contra o tempo e o fígado pra dar conta de todos (ou boa parte!) serão meus melhores passatempos nos meses de abril e maio. Entre um e outro ‘arremesso de palitinho’ e ‘levantamento de copo’, bom mesmo é celebrar o que quer que seja. Com direito a pratos pra lá de criativos, cerveja gelada, música de primeira e prosas, ao gosto do cliente, a velha máxima de que “ninguém faz amigos numa leiteria” cai aqui como uma luva. Absolutamente imperdível.


Algumas sugestões:

Bar do Careca

Rua Simão Tamm, 395, Cachoeirinha / (31) 3421-3655
SURPRESA DO CARECA: dobradinha à milanesa com mini batatas fritas no bacon e molho especial da casa.

Bar do Doca
Rua Américo Macedo, 645, Gutierrez / (31) 3291-6594
MOQUECA DE CARNE-DE-SOL: medalhão de carne de sol recheado com queijo coalho e banana, mergulhados no molho, com palmito de pupunha e pimenta biquinho. Acompanha farofa de torresmo.

Bar Temático
Rua Perite, 187, Santa Tereza / (31) 3463-7852
COM A MÃO NO RABO DOCE: rabada assada no bafo, servida com batata doce e agrião.


E você? Já foi a um dos bares?
[Imagem do prato "com a mão no rabo doce", do Bar Temático.
Fonte: Site oficial do Comida di Buteco.]